Bebida
Sacramental Ayahuasca, é, principalmente, fruto da decocção do cipó
Banisteriopsis Caapi e a folha Psycotria Viridis. Outras espécies de
cipó e folha também são utilizadas em algumas regiões.
É também conhecida por Yagé, Caapi, Nixi Honi Xuma,Oasca,Vegetal, Santo Daime, Kahi, Natema, Pindé, Dápa, Mihi, etc.
Seu
nome mais conhecido, AYAHUASCA é de origem quechua, que significa
"Liana ´(Cipó) dos Espíritos ". É chamada também de "O Vinho da Alma "
ou "Pequena Morte".
Utilizada
por povos pré-colombianos, incas, e muito utilizada, por pelo menos, 72
tribos indígenas diferentes da Amazônia. É empregada extensamente no
Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Brasil. Foi usada provavelmente na
Amazônia por milênios, e está expandindo-se rapidamente na América sul e
em outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos
organizados tais como Santo Daime, União do Vegetal (UDV), Barquinha que
a consagram como sacramento de seus rituais.
Ingerindo
essa bebida mágica, pode-se absorver o “Espírito da Planta”. Os
sentidos são expandidos, os processos mentais e as emoções tornam-se
mais profundos. A jornada pode mover-se em muitas dimensões. O vôo da
alma, a partida do espírito do corpo físico, uma sensação de flutuar.
A
experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insight´s,
produzir catarses, produzindo experiências de renovação, de renascimento
positivas. Visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de
cenas de vidas passadas, de Divindades, etc. Abre-se o portal de outros
reinos da existência.
Não
são todos que recebem visões na primeira vez que experimentam. O
trabalho com Ayahuasca é um processo que exige exame, dedicação,
disciplina, perseverenca e tempo para um benefício mais completo. Às
vezes são necessárias várias sessões para se conseguir esse presente.
A
experiência é ainda mais poderosa, quando abrimos a mente e o coração e
nos entregamos para receber essa energia de cura e conhecimento.
Uma
vez que iniciado, o processo da renovação e transformação, eles
continuam. O grande passo no trabalho com a Ayahuasca é a assimilação
dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária , ou seja por em
prática o que se aprende. Isso garante a dimensão espiritual em nosso
dia-a-dia, e é essencial para recebermos as dádivas e as bênçãos
espirituais e para que possamos evoluir no estudo, aprender mais.
A
ela atribui-se a cura de males físicos, psicológicos,mentais e
espirituais. Os estudos científicos ocidentais estão confirmando
aplicações médicas e psicoterapeuticas benéficas.
A
medicina sempre é consumida corretamente em ceremoniais . No Perú os
xamãs evocam guardiães, protetores espirituais. Evocam ARCANAS (escudos
protetores) através de cânticos de poder ( Icaros), do fumo de tabaco,de
uma poção de limpeza (vomitiva), CAMALONGA, e algumas águas perfumadas
(Água de Florida, Flores de Kananga) que atraem os espíritos.
A
jornada com Ayahuasca, leva a exploração tanto deste mundo “ordinário”,
como mundos paralelos, que estão além de nossa percepção corrente.
Libera os limites normais de espaço-tempo
A
história da Huasca e Mariri é contada na União do Vegetal (UDV),
mostrando de forma simbólica, a origem e o significado do chá utilizado
nos templos incas do Alto e Baixo Peru.
Havia
uma vez uma jovem princesa muito sábia e que era a conselheira do rei
inca, sua sabedoria e conhecimento eram inigualáveis por qualquer pessoa
e nenhuma decisão em seu templo era tomada pelo rei antes de
consultá-la. Mas um dia Huasca morreu, o rei ficou triste, chorou sua
perda e a fez sepultar num local especial. Com o passar do tempo, em sua
tumba nasceu uma planta desconhecida.
Todos
ficaram admirados observando a nova planta, que era diferente de todas
as que conheciam. O rei, que muitas vezes visitava a sepultura de
Huasca, acompanhava, dia a dia, o desenvolvimento daquele arbusto. Nesse
tempo, ele já havia conseguido um novo conselheiro, ele era um marechal
do exercito inka chamado Mariri. Mas, apesar de sua força e astúcia,
ele não era tão sábio quanto Huasca fora.
Sempre
observando aquela planta, o rei um dia pensou : " Se não existia e
agora existe na tumba de Huasca, só pode ser Huasca transformada em
planta e nas suas folhas guarda o conhecimento de Huasca ".
Colheu
então algumas folhas, preparou um chá e deu a Mariri para que
adquirisse o seu conhecimento, sua sabedoria, mas ele não suportou toda a
luz de Huasca e morreu.
Igualmente,
Mariri foi sepultado ao lado de Huasca e, para surpresa de todos, em
sua tumba nasceu um cipó, símbolo da força e resistência.
A
planta cresceu e da mesma forma, o rei inka colheu as folhas de Huasca
carregadas com sua luz e sabedoria, e também o cipó com força e
resistência de Mariri.
Iluminado
pela lus de Huasca e protegido pela força de Mariri, o rei ensinou o
segredo da bebida aos seus conselheiros e sacerdotes, os quais, por sua
vez, ensinavam a outras pessoas, buscando, assim, ajudar no
aperfeiçoamento da sabedoria e para o progresso espiritual da
humanidade.
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